sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

COSMONAUTICA 4

                                     A ILUSÃO DA HARMONIA CÓSMICA
                         Regressemos ao princípio, para aquilo que chamarei harmonia e ilusão cósmica.


                                                     Se o vácuo no espaço fosse perfeito



  Vista panorâmica de todo o céu no infravermelho próximo revela a distribuição de galáxias além da Via Láctea. A imagem foi obtida do catálogo 2MASS, com mais de 1,5 milhões de galáxias e o Point Source Catalog (PSC), com cera de 500 milhões de estrelas na Via Láctea. As galáxias estão representadas por cores associadas a seu desvio. As azuis  são as de fontes mais próximas, as verdes estão a distâncias mais moderadas e as vermelhas são as mais distantes.

Se não existissem no espaço exterior infinitas extensões de resíduos aquando da fase caótica do Universo (aerólitos, meteoritos, poeiras cósmicas, etc.) que constantemente foram chocando com os astros e os sobrecarregaram pouco a pouco. Quando colidem com a atmosfera terrestre tornam-se incandescentes, por causa do atrito, e são chamadas de “estrelas candentes”.

Se os astros, especialmente as estrelas, não estivessem permanentemente em estado de actividade, tanto química como física, interna, o que lhes modifica a massa e provoca a rotura do seu equilíbrio dando lugar ao fenómeno, por exemplo de uma “NOVA” que é a explosão de uma estrela, isto é um novo sol...

SE complexos fenómenos termodinâmicos não estivessem sempre alterando o estado energético global do Universo, provocando a degradação da energia, segundo um processo designado em Física por entropia.


 Para medir o grau de desordem de um sistema, foi definida a grandeza termodinâmica.

Unidade de grandeza termodinâmica(J/K-joules por kelvin) usada para medir a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho à dada temperatura e pressão. O melhor exemplo é o do gelo que derrete e passa de sólido a liquido num copo.

Para melhor se entender, analisemos estes recipientes
 

   






Recipiente 1: mais organizado, menor entropia; Recipiente 2: menos organizado, maior entropia

Se....se....se.. etc..

Se não fossem todos estes “SES”, o Universo encontrava-se num estado perfeito de equilíbrio e seria ETERNO.
Porém, nesta situação, a Vida não seria possível.Num Universo perfeitamente equilibrado não haveria produção de energia, e sem energia não é possível a Vida.
Por paradoxal que pareça, temos de chegar à conclusão de que a Vida só é viável num Universo que morre lentamente.

A Vida e a Eternidade são, obviamente, factos completamente antagónicos.
Contudo, aparentemente, tivemos o cuidado de dar ênfase à aparente harmonia que apresenta o Cosmos em que existimos, reina a maior ordem entre os astros, no espaço cósmico.
A Terra por exemplo, vai sofrendo a sobrecarga de aerólitos, meteoritos, poeiras cósmicas que vai recolhendo durante o seu imenso percurso sideral.Pouco a pouco os astrónomos foram-se apercebendo de discrepâncias reveladoras nos movimentos dos astros que observavam.
As marés exercem um efeito de travagem no movimento de rotação do nosso planeta.

Por estas e muitas outras razões,muito "lentamente" a órbita da Terra, em relação ao Sol,vai-se modificando.
Podemos pois, ver o Universo em duas perspectivas:

CAOS  E HARMONIA.
Outra, a de que o Tempo é relativo à escala do "Observador", modificando aparentemente o estado do Universo em que existimos.Uma das perspectivas é da imensidão do tempo passado até surgir a vida e o arranjo, relativo,que fatalmente se deu por obra do acaso e das forças "cegas" em presença.
Se tivéssemos a possibilidade entabular um dialogo  com um "Observador"de dimensões colossais, com muitos milhões de milhões de anos, com uma percepção temporal muito diferente da nossa,e lhe disséssemos da perfeita  harmonia do universo, ele chamar-nos-ia loucos e diria que era perfeitamente o contrário, pois o Universo é um autentico Caos, com todos os astros a precipitarem-se uns sobre outros,num autentico turbilhão de destruição.

Mas se pelo contrário, se conseguíssemos falar com um indivíduo que vivesse num átomo, e como tal nessa escala, durasse  uma fracção de segundo, ele afirmaria que os astros, depois de observados atentamente por poderosos telescópios,que poderia dispor, que o Cosmos é estático, invariável e como tal,  ETERNO.
É pois através de duas perspectivas que poderemos compreender melhor o significado, em última análise, a harmonia do Universo, que tanto surpreendeu John Glenn, assim como um número imenso de pessoas ao longo de várias gerações.


O Tempo foi para nós a varinha de condão que ilusoriamente transformou o Caos em Cosmos.

E a Vida só foi possível numa escala tal, temporal e espacial, que conferisse ao Universo uma harmonia relativa, suficiente à sua viabilidade.

Por: Aníbal de Oliveira